Não acho mais estranho quando alguém me pergunta o que é ser cristão. Em meio a tantas teologias, tantos “moveres”, fica difícil definir o que é ser um seguidor de Cristo, mas a definição que eu mais gosto esta lá em Mateus 5: 13 e 14.
Neste versículo, Jesus nos convida a sermos o sal da terra e a luz do mundo. É interessante esta analogia, afinal, é impossível comermos um alimento sem percebermos a ausência do sal. Apesar de não vermos o tempero, sentimos muito bem a sua falta.
A luz é a mesma coisa. De dia podemos não perceber a luz acesa, mas a noite percebemos o menor ponto de claridade na escuridão. Em tempos antigos, quando um capitão de navio procurava um porto em meio à tempestade, ele tentava avistar o farol, aquela luz salvadora que guiava a sua tripulação para um lugar seguro enquanto a tormenta não passava.
Durante a nossa caminhada como cristãos, vamos ser chamados para ser a diferença em inúmeras situações. Às vezes seremos o tempero na vida de uns, a luz na vida de outros ou apenas o amigo, um suporte. Mas em qualquer uma destas situações, Jesus nos ensina a humildade e nos convoca para sermos luz e sal, para nos doarmos de uma maneira que o evangelho apareça. Não a nossa vida e sim ele e a palavra dele, afinal, se fazemos algo em nome de Deus, só há um que pode ser reverenciado e louvado.
Ser sal e luz é isso, é não aparecer, é não ser visto, mas deixar Cristo ser visto. Ser cristão não é ter e sim reconhecer que precisamos de Deus, e seguir fazendo a sua vontade.
O cristão não precisa aparecer, ou ser o “melhor” e sim, buscar dia a dia ser uma pessoa certa, com uma vida que transborde a palavra de Deus.
Ser cristão é ser imitador de Cristo, ou como a palavra mesmo define: ser pequenos Cristos. Ser cristão, como John Stott já escreveu em um de seus livros:
“É ser gente da maneira certa”.
