Alguém disse certa vez que:
“Guardar ressentimento é como tomar veneno e esperar que a outra pessoa morra”.
Poucos conhecem o poder destrutivo de guardar mágoa, mas muitos durante a sua vida, já devem ter sido ofendidos. E ser ofendido, magoado ou humilhado, não é bom.
O ofendido convive com o seu ofensor todas as vezes que guarda ressentimento. É inevitável lembrar-se do ocorrido, é quase impossível tirar o assunto da cabeça. E se ele é próximo a você, a coisa piora ainda mais, pois além de ter a sua relação pessoal afetada, você terá o assunto fresco em sua mente, sempre que vê-lo e a intenção é sempre piorar.
Por isso, quando Cristo nos manda perdoar quem nos ofendeu (Mateus 18:21-22), não é para nos humilharmos e sim, termos uma oportunidade de descarregar um grande peso das costas. Quem perdoa se alivia, quem perdoa se alegra, perdoar não é fácil, mas é libertador, requer esforço, mas o retorno, independente se a pessoa reconheceu o erro ou não, é quase sempre garantido; é libertador. Mas não é somente por isso que temos a missão de perdoar, devemos perdoar, porque Deus nos perdoou (Efésios 4:32).
Cristo em Mateus 18:23-34 conta a parábola dos 10.000 talentos, onde um senhor, quando resolveu fazer um acerto de contas com os seus empregados, perdoa uma dívida milionária de um de seus servos, após ver que este trabalhador não conseguiria pagar todo aquele dinheiro. E este servo, quando teve a oportunidade de também perdoar a dívida de um companheiro de trabalho, preferiu cobrar e condenar a pessoa que o devia, sem ter o mínimo de compaixão.
Perdoar é o mínimo que podemos fazer, já que Cristo nos perdoou e morreu por nós. Ele não exigiu nada, não fez acordos, nem ameaças, apenas perdoou. C. S. Lewis disse certa vez:
“Ser cristão é perdoar o indesculpável, porque Deus perdoou o indesculpável em você”.
Quem pede perdão, reconhece que falhou e sempre estará propenso a falhar, quem perdoa deve estar aberto a entender que todos estão inclinados a errar, inclusive ele.
