TITANIC

A história do Titanic é uma das mais trágicas que eu conheço, mas o que mais me chama a atenção na história toda, não é o fato deles terem falado: Este navio, nem Deus afunda. E sim, como eles agiram, enquanto a nau estava imergindo. Não acho, tal qual alguns fundamentalistas, que Deus ouviu esta frase e se vingou deles, não creio neste Deus vingativo, acho que o que aconteceu foi uma infelicidade de estarem em um local errado, na hora errada.

O que eu lamento neste episódio todo é o quanto o egoísmo e o preconceito com os pobres do navio levaram inúmeros cidadãos a morte, em uma chacina em nome de salvar as “pessoas mais nobres e importantes do barco”. Enquanto alguns se salvavam confortavelmente nos botes, outros morriam de frio nas águas geladas do Oceano Atlântico.

Esta infeliz história se repete nos dias de hoje, sempre e a cada hora, quando inúmeros cristãos se fecham em suas igrejas clubes e esquecem-se de olhar para os que necessitam salvação. E enquanto a volta de Cristo é aguardada nestas quatro paredes, o mundo se afoga no mar gelado do pecado. É fácil desejar à volta de Cristo quando você já percorre o caminho da cruz. A pergunta que fica é: E os outros?

Qual é a importância que damos aos que estão se afogando?

Será que depois que nos instalamos confortavelmente em nosso bote salva-vidas, não nos esquecemos dos que estão lá fora?

Cristo durante seu ministério, ajudou, curou e libertou muitas pessoas e o mais interessante era que muitos que tinham conhecido a Jesus e sido tocados por ele, queriam na mesma hora, sair falando de quem o havia salvado (Marcos 5:20, Mateus 9:31, João 9:11). Este sentimento e esta vontade de proclamar não existe mais nos dias de hoje, têm sido afogado pelo conforto que a igreja proporciona, e isso não podemos deixar acontecer.

Ser cristão é muito mais do que se fechar na igreja. Seguir a Cristo é muito mais do que esperar a sua volta, o reino de Deus começa aqui. E dar exemplo, ajudar o próximo e ser luz, é o resultado do que é seguir a Cristo, este é o fruto do cristão, e pelo fruto se conhece a árvore (Lucas 6:44).

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