DÍZIMO

O dízimo é um dos assuntos mais falados atualmente. Pois, após muitos séculos, alguns cristãos descobriram que não serão amaldiçoados por Deus e nem o gafanhoto vai comer o seu dinheiro, caso não entreguem o seu dízimo na igreja. E agora estas pessoas bradam aos sete ventos a sua repulsa contra a igreja, a “eterna vilã” que todos estes anos têm cobrado, de forma errônea, os dez por cento dos seus fiéis.

Este costume existe antes da lei mosaica, como podemos ver em Gênesis 14:20. E foi instituído como parte do culto dos Hebreus e também tinha a finalidade de sustentar os sacerdotes e ajudar aos necessitados. Entre as ofertas que eram oferecidas estavam: Colheitas, frutas, animais, rebanho, como especificado em Levítico 27:30-32 (CHAMPLIN, 2013, p. 202).

Uma coisa é verdade, se apoiar em Malaquias 3:10 para justificar a cobrança é muito complicado. Visto que o texto fala que o povo hebreu, que seguiam a lei, estavam desobedecendo aos mandamentos de Deus e não estavam dando os seus dízimos. Sabemos que não mais vivemos debaixo da lei (Gálatas 2:19) e os mandamentos do Velho Testamento, não mais valem para nós. 

E sabemos também que o Novo Testamento não fala de dízimo, ele apresenta apenas uma comparação que Cristo faz lá em Lucas 11:42, onde embora os fariseus cumprissem a lei, deixavam de praticar o amor e a justiça para com as pessoas. Este texto fala da hipocrisia dos fariseus e não sobre dar ou não o dízimo.  E apesar de que alguns vão dizer que Jesus não desconsiderou o dízimo, outros vão falar que sim, contudo sabemos que este texto é um tanto complicado para apoiar a prática, ele não é claro.

A pergunta que fica é: Devemos dar o dízimo ou não? Não mais ajudaremos a igreja?

Primeiro, não devemos ajudar a igreja para que possamos prosperar, esta seria a motivação errada. Devemos ajudar para manter o local onde prestamos culto a Deus.

Como em qualquer casa, a igreja tem algumas responsabilidades a cumprir como: Aluguel, água, luz, salários de trabalhadores, etc. E quem deve ser o responsável por estas contas é quem usa o local, ou seja, nós membros. É o mínimo que devemos fazer, pois quem usa certamente é o responsável.

Segundo, aplico uma lição que aprendi com um professor de seminário, a sua lógica é interessante. Se na época da lei, Deus determinava que o povo hebreu desse dez por cento do seu trabalho. Logicamente, agora que somos salvos pela graça, tudo o que temos pertence a Deus. Já que ele nos salvou e não exigiu nada de nós.

 Eu acredito que os dez por cento é o mínimo que podemos fazer para vermos a obra de Deus crescer e para agradecer a Ele por sua graça.

Quem ama a sua igreja colabora, quem se preocupa oferta e ajuda e não tem medo de contribuir. Se este não é o seu caso, então repense o local onde você esta frequentando.

BIBLIOGRAFIA

CHAMPLIM, RN. Enciclopédia bíblica de teologia e filosofia. São Paulo: Editora Hagnos, 2013.

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