Na história da humanidade, impérios se levantam, tornam-se poderosos e depois de algum tempo sucumbem. Podemos citar vários exemplos: assírios, gregos, romanos e mais recentemente astecas, maias e incas reescreveram essa história. No caso dos três últimos exemplos, eles foram exterminados quando os europeus conquistaram as Américas. Os povos indígenas das Américas também foram reduzidos a poucos indivíduos e hoje vivem em pequenos guetos, e praticamente nem conseguem manter sua identidade. É triste quando um povo morre.
Ultimamente olho em volta e também vejo um povo desaparecendo; um povo está morrendo. Desta vez não o vejo sendo morto em campos de batalha, ou simplesmente massacrado por forças militares muito superiores, mas por sua própria ignorância e por sua falta de capacidade em pensar. Vivemos um momento dramático em nosso país, e particularmente não vejo muita esperança. Não vejo uma nação, mas sim um amontoado de pessoas cuja formação é baseada em novelas, BBB´s e programinhas de auditórios. O que esperar de um povo cujos adolescentes e jovens tem em sua formação programas como “Malhação”, e cujas referências musicais são Tati Quebra Barraco e Valeska Poposuda? Uma geração acéfala está sendo gerada, e são justamente essas pessoas que estarão à frente do país daqui a alguns anos. Vejo um povo se enfrentando em intensos debates, onde a “verdade” é estabelecida, não à partir de um senso crítico, mas sim pelo partidarismo cego, onde nem se conhece seus ideias. A cor da bandeira fala muito mais alto do que um mínimo senso crítico. Defende-se ideais de vida, posicionamentos políticos, sociais e religiosos como se defende as cores de um time de futebol. Emoção sem um mínimo de razão.
Parece que perdemos a capacidade de analisar fatos extremamente simples, e nos deixamos levar pela manipulação de massa. De um lado vemos aqueles que clamam pela democracia, mas professam sua lealdade aos ideais de homens como Fidel Castro e Tche Guevara e outros instituidores de ditaduras, quanto que no extremo oposto estão aqueles que são capazes de defender com seu próprio sangue, ideais que beiram o fascismo e outros movimentos que já foram condenados pela história. O que esperar de um país, onde heróis populares, representantes de sindicatos que incitam o povo com o slogan “Mais giz e menos balas”, são presos por tráfico de armas e munições? Onde está a capacidade do senso crítico? Qual a esperança de um país onde o povo se deixa dividir por aqueles que semeiam o caos? Será que não somos capazes de ver o que está por trás dos movimentos que manipulam milhões de pessoas?
Talvez você esteja perguntando o que um texto com esse conteúdo está fazendo em um blog de teologia. Muito simples; esse cenário descrito, já alcançou as igrejas. Vejo cristãos defendendo a legalização das drogas, o aborto, a legalização da prostituição, teoria do gênero, entre outros assuntos que vão contra os ensinos do Cristo. Acredito que isso esteja acontecendo, pois estamos nos espelhando no modelo errado. No calor dos acontecimentos esquecemos que nosso modelo é Cristo, e passamos a moldar nossa consciência com ideais que soam bem aos nossos ouvidos com suas doces palavras sedutoras. Não penso que devemos ser fanáticos religiosos, ignorantes de “cabeça fechada”, que se isolam da sociedade, vivendo um sistema de reclusão entre as quatro paredes da igreja. O verdadeiro teólogo, o verdadeiro cristão tem a responsabilidade de entender a mensagem de Cristo e saber transmiti-la ao mundo no qual ele vive. Não adianta respondermos à perguntas que ninguém mais faz. Temos que responder às questões que a sociedade nos faz hoje, à luz das Escrituras.
Mas, ao invés de transformarmos nossa vida pela renovação da mente, como o Apóstolo Paulo escreveu em Romanos, deixamos que nossa mente seja moldada por ideais sociopolíticos que constroem uma sociedade acima descrita. A questão é: você, que é cristão, é imitador de quem? Quais ideais moldam tua mente, e constroem teus princípios, os de Cristo, ou o ativismo, seja ele de que vertente seja? A cor de uma bandeira erguida nas fileiras de um ativismo fala mais alto que a cor do sangue derramado na cruz? Enquanto não nos posicionarmos de forma firme e investirmos em nossa formação, estaremos sendo coniventes na morte de um povo.
Um povo está morrendo! Que Deus tenha misericórdia de nós, e que tenhamos o mínimo de discernimento para conseguirmos fazer uma leitura pelo, menos mínima, do que está acontecendo dentro e fora das quatro paredes da Igreja, para que possamos ter atitudes prática que tragam respostas que o homem tanto anseia.
