O feminismo quando surgiu trouxe consigo batalhas importantes a serem travadas. Como a inclusão da mulher no mercado de trabalho, o direito da mulher de votar e uma busca real por mudanças que trouxessem valor ao seu ofício. Se antes ela vivia a margem da sociedade, hoje ela tem direitos e um papel muito mais justo que outrora.
No Brasil também tivemos uma importante lutadora, tratou-se de Nísia Floresta, educadora, escritora a poetisa, foi uma das pioneiras na renovação da educação nacional. Usando métodos mais humanos, proclamou o fim dos castigos físicos e uma forma menos autoritária de educar, além de ter sido uma das principais lutadoras pelo direito da mulher e principalmente pelo direito de estudar, que era praticamente vetado.
“Permitia às meninas o aprendizado de ciências, até então reservado apenas aos meninos. Dentre as inovações destacamos o ensino de latim, francês, italiano e inglês […] Para a sociedade da época, o que Nísia Floresta ensinava às meninas não passava de inutilidades, pois se acreditava que à mulher bastaria a alfabetização” (PILETTI, PILETTI, 2011, p. 110).
Enfim, foi uma mulher guerreira, que brigou por justiça para que a mulher tivesse os mesmos direitos que os homens, coisa que eu concordo e muito.
O problema que tenho com muitos destes movimentos sociais atuais é que além de suas reivindicações serem incoerentes, buscando leis que beneficiam apenas a si e não a maioria das mulheres, seu modo de protestar ofendendo, rebaixando e colocando todos no mesmo pacote furado, beira a incoerência extrema.
A generalização que é vista quando sua ideologia é pregada chega a doer na alma. Principalmente quando falam de homens, religiosos, políticos etc. Como se todo o homem batesse em mulher, ou todos os que não concordam com o PT são burros, ou que todos os que nasceram com uma condição de vida melhor deveriam se ferrar, como já ouvi de muitos.
Estamos vivendo uma época que quase toda a opinião é uma afronta, ninguém pode discordar de ninguém sem antes de ser taxado de preconceituoso. São tempos delicados, com pessoas frágeis que mal conseguem conviver, enquanto que o refletir, o ponderar e o respeitar tem virado histórias de tempos antigos.
Uma coisa é verdade todo o ser humano tende a generalizar em algum momento de sua vida, muitos consideram suas experiências únicas e norteadoras do seu pensamento, porém generalizar, não é inteligente.
Cristo nunca generalizou e ele conviveu com muita gente que generalizava. A começar pelos fariseus, que se achavam santos e o resto das pessoas imundas. Por estes religiosos Cristo foi crucificado, e padeceu porque pregava que todos mereciam salvação. Poderíamos citar também os apóstolos, e várias de suas atitudes preconceituosas no começo do seu ministério, ou talvez o ladrão da cruz que mesmo crucificado não deixou de escarnecer daquele Deus.
Chamar de burro quem não concorda com nosso pensamento é abrir uma porta para que façam o mesmo conosco. Generalizar e achar que todos que não pensam igual a nós são burros é esquecer que um dia o mesmo discurso pode voltar conta nós. Aí quando isso acontecer, quem sabe entendamos o porquê Cristo falou para amarmos o próximo como a nós mesmos (Marcos 12:31).
BIBLIOGRAFIA
PILETTI, Claudino, PILETTI, Nelson, História Da Educação, De Confúcio A Paulo Freire, Editor Contexto, São Paulo, 2011.
