ESCRAVOS

“Não sabeis vós que a quem vos apresentardes por servos para lhe obedecer, sois servos daquele a quem obedeceis, ou do pecado para a morte, ou da obediência para a justiça?

Mas graças a Deus que, tendo sido servos do pecado, obedecestes de coração à forma de doutrina a que fostes entregues.

E, libertados do pecado, fostes feitos servos da justiça” (Rm 6:16-18).

Existe um problema com este texto. A palavra em grego doulos que significa escravo, tem sido substituído ao longo do tempo por servo em algumas Bíblias.

Podemos concordar que os dois significados são bem diferentes, e diante disso também podemos concordar que a profundidade da mensagem se perdeu um pouco. Talvez por conta das barbáries da escravidão a palavra aos poucos foi sendo mudada para chocar menos,  porém com isso perdemos uma importante lição.

Um escravo no período romano era visto como posse, como um bem material, este escravo vivia para fazer as vontades de seu senhor sem opinar ou gritar por direito algum.

Porém se este escravo tivesse um bom senhor ele vivia bem,  não se preocupava com comida, moradia ou roupa, e até como era costume na época, afim  de incentivar os escravos a trabalharem melhor, os donos dos escravos prometiam alforria  a fim de que todos trabalhassem em busca de um único propósito a liberdade, John Macarthur acrescenta:

“Ser um escravo não significava apenas pertencer a alguém, mas também estar sempre disponível para obedecer, em tudo, àquela pessoa. O único dever do escravo era cumprir os desejos do mestre; e o escravo fiel era desejoso de assim o fazer, sem hesitação ou queixas” (MACARTHUR, 2014, p. 53)

Estou bem longe de afirmar que a escravidão tinha algo de bom ao contrário, foi um dos atos mais repugnantes e injustos que o homem já praticou. Porém a Bíblia afirma que somos escravos do pecado, somos presos a ele e só temos ele como senhor.

Diante disso, convido-lhe a olhar em volta e ver como o mundo está,  como as pessoas tem tido comportamentos destrutivos e repugnantes. E diante de todos estes fatos a explicação é simples. Somos escravos do pecado, com isso o que obviamente vamos ver nos homens são atitudes autodestrutivas e pecaminosas reflexo do nosso senhor o pecado.

Só que o texto nos convida a mudar de senhor,  a termos um outro que é Cristo. Quando somos escravos dele; o resultado disso é ou devia ser ter atitudes boas já que o nosso senhor é bom:

“Fomos “libertos do pecado e das trevas”, pois Jesus “nos libertou quando cativos”. Embora estivéssemos mortos em nossos pecados, Deus nos deu vida, de forma que “começamos, de fato viver, quando (somos) livres do pecado e da escravidão”” (MACHARTHUR, 2014, p. 120).

Somos escravos de Cristo, somos servos de um senhor bom com isso, além de termos que segui-lo sem questionar, nós podemos ter certeza que o nosso senhor vai cuidar de nós.

Ser escravo do pecado é ter uma vida autodestrutiva, ser escravo de Cristo é ter uma vida que exala esperança. Quem é servo do filho vive de verdade, constrói pontes entre pessoas e a sua vida reflete a do seu senhor.

BIBLIOGRAFIA

MACARTHUR, John, Escravo, A Verdade Escondida Sobre Nossa Identidade Em Cristo, Editora Fiel, São Paulo, 2014.

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