Eu sei muito bem qual é a importância de causarmos uma boa primeira impressão em uma entrevista de emprego, para conseguirmos um trabalho ou fecharmos um negócio. As vezes só temos uma chance de mostrar quem nós somos e assim, não perdermos uma boa oportunidade.
Contudo, na vida em meio ao relacionamento com nosso conjugue, amigos ou irmãos, o que vai contar realmente é a nossa última impressão, como nós somos e como nos comportamos diante de diferentes tipos de situações ou conflitos. Seja no sucesso, cultivando humildade, em momentos de briga, cultivando paz e conciliação ou diante de cidadãos com diferentes crenças ou costumes, entre tantas coisas. São nestes momentos que quem somos de verdade, vai aparecer de forma clara e sem máscaras. Um dia ouvi uma frase de um professor que nunca mais esqueci:
“Quer conhecer uma pessoa chame-a para jogar futebol. É no calor do jogo que você conhece quem a pessoa realmente é”.
Você pode se esconder, usar máscaras, posar de bom moço, mas são nos momentos de conflito que o que somos vem a tona de forma verdadeira. No seriado Dr. House, o protagonista fala algo muito interessante:
“Porque palavras não importam, ações importam. Se suas ações contradizem suas palavras, eu nunca vou acreditar em você”.
Não adianta muito causarmos uma boa impressão se ela não permanece e se desfaz com o tempo. Antes de pensarmos em causar boa impressão, devemos aprender a causar uma última, em sermos verdadeiros revelando quem realmente somos. Provérbios 11:3 diz:
“A integridade dos justos os guia, mas a falsidade dos infiéis os destrói”.
Ninguém é perfeito e esta imperfeição deixa entre linhas uma oportunidade de buscarmos mudanças e evoluirmos sempre. Mudança que conseguiremos apenas vivendo uma vida sem máscaras e com humildade. Caso contrário, viveremos sempre presos a quem nós não somos até sermos esmagados pelo peso da nossa própria falsidade. Brennan Mannig tem uma frase genial, que resume bem a questão:
“Ser íntegro é reconhecer a debilidade e ser curado dela” (MANNING, 2002, p. 82).
A cura vem quando tiramos as máscaras, quando buscamos ser nós mesmos, quando assumimos nossos erros e evoluímos. É muito bom causar uma boa primeira impressão, mas quem convive conosco se lembrará apenas da última, em como nós fomos de verdade.
A primeira impressão é a que fica, pelo menos, para quem não convive conosco, caso contrário, é a última que permanecerá.
BIBLIOGRAFIA
MANNING, Brennan. O Impostor que Vive em Mim. São Paulo: Editora Mundo Cristão, 2002.
