QUEM É VOCÊ?

Constantemente eu paro para refletir e tentar perceber quem eu estou sendo, quais tem sido as minhas dificuldades e o quanto preciso melhorar. Dia a dia tenho analisado as minhas qualidades, o quanto tenho melhorado em meus defeitos ou não. Tem sido uma prática diária a busca pelo autoconhecimento, desenvolver uma autoconsciência, saber o que me motiva e o que me derruba é uma das minhas metas de vida. Penso que muitas vezes temos vivido sem saber quem somos e isso é um erro dos mais infelizes. David Walton resume bem o que é esta autoconsciência:

“A autoconsciência tem a ver com entender a si mesmo e saber o que motiva você e por quê” (WALTON, 2014, p. 35)

Quem é você? Você se conhece o suficiente para responder a está pergunta? Se não, penso que uma de suas prioridades deve ser esta, como foi e tem sido a minha. Por isso, segue algumas dicas, de quem há um tempo tem tentado se conhecer.

Não viva no automático: Acordar cedo, trabalhar e ir para casa, esta é a vida que a maioria das pessoas têm, mas viver para pagar contas ou comprar coisas é ter uma vida muito pequena. Constantemente eu pergunto para meus amigos e colegas de trabalho quais são seus sonhos, quais são seus propósitos de vida. Você vai se impressionar quando souber o quanto muitos se batem para responder a esta pergunta.

Muitos têm ligado o piloto automático de suas vidas e têm vivido uma vida de forma inconsciente, sem sonhos, propósito de vida ou objetivos. Muitos por estar no piloto automático não têm prestado atenção no próximo, em seus amigos, cônjuge ou em si mesmo e seus pensamentos, medos ou em hábitos de comportamentos nocivos, no qual precisa mudar. Por isso reflita, busque algo novo para sair da rotina, pense sobre como você age ante as diversas situações e o que te motiva. Desligue o piloto automático e viva, pois a vida é única e curta.

Preste atenção no que te motiva: Este é um ponto importante para quem quer procurar algo no qual se dedicar, seja como hobby, trabalho ou diversão. Prestar atenção no que nos motiva é o primeiro passo para darmos sentido a nossa vida. Não que eu ache que nascemos com um propósito, não creio nisso, não acredito que tudo está escrito nas estrelas, ou que temos uma tarefa a cumprir aqui na terra, mas eu acredito que podemos dar um sentido para a nossa vida, arranjar um propósito para o qual nos dedicarmos ou quem sabe apenas fazermos algo no qual nós gostamos e nos dá alegria. Saber o que nos motiva é um bom começo para começar algo, não perca esta oportunidade.

Reflita se os seus medos têm fundamento: O medo é uma ferramenta importante para a nossa sobrevivência. É o medo que nos faz sermos cautelosos, a tomarmos mais cuidados e nos precaver. Contudo o medo em excesso nos paralisa, nos deixa imóveis sem sairmos do lugar. Pensar sobre nossos medos e temores é fundamental, tentar entender se alguns deles têm sentido ou não é uma das saídas para não nos estagnarmos.

Trabalhe a sua autoestima: Pessoas com autoestima baixa tendem a deixar de realizar coisas por se achar incapazes. Já ouvi muitos que tinham ótimos sonhos ou projetos, mas que deixaram de realizar estas coisas por não se acharem capazes.

“Autoestima e confiança baixas apresentam uma relação íntima com o humor e a autoimagem, por isso é importante perceber que as crenças são somente opiniões, e não fatos. Elas podem ser tendenciosas ou inexatas, e há medidas que você pode adotar para mudá-las” (WALTON, 2014, p. 49)

Não se deixe dominar pela baixa autoestima, não jogue fora seus sonhos e realizações por achar que não é competente, tentar é sempre a melhor opção, errar tentando é sempre mais vantajosos do que não tentar e viver com o sentimento de que poderia ter feito algo. E acima de tudo, conheça seus pontos fortes e fracos e trabalhe para que você consiga mudar.

Preste atenção se as suas crenças são embasadas: Muito do modo como agimos vem de nossas crenças, como vemos o mundo ou como acreditamos que ele funciona, porém, nem sempre estas crenças estão certas ou bem fundamentadas, é por isso que precisamos estar sempre lendo, nos informando e duvidando de ensinos sem fundamentos:

“Conhecer os seus pontos fortes e fracos pode ser um grande passo rumo à confiança pessoal e a comunicação eficaz. Saber a sua posição e ter um conjunto claro de valores e crenças também são pré-requisitos para a confiança e o impacto” (WALTON, 2014, p. 52)

Você não imagina a quantidade de pessoas com potenciais que eu já conheci nesta minha caminhada acadêmica, alguns, com certeza, são mais inteligentes e capazes do que eu, porém estão estagnados, por não se conhecerem e se entregaram as suas crenças simplistas. Por isso reflita sobre o que você acredita e tente descobrir se o que você crê tem fundamento. E quando eu falo isso, não digo só sobre a sua teologia, mas também política, pontos de avista e por aí vai. São muitas explicações tendenciosas, são muitos ensinos que têm como propósito alienar e não libertar e ensinar. Não seja um repetidor de ideias, seja alguém que pensa, reflete sobre o assunto e duvida de teorias sem sentido

Quem é você? Às vezes conhecemos tanta coisa, mas não nos conhecemos,  não entendemos nossos medos e sentimentos. Não viva no automático, aprenda a ter uma autoconsciência e cresça ao descobrir quem você é. Ao enfrentarmos nossos medos, pontuarmos nossos sonhos e gerenciarmos nossos defeitos, evoluímos.

Estes são alguns caminhos no qual tomei, não sou especialista, muito menos tenho um profundo conhecimento de causa, mas com algumas pesquisas, leituras e conselhos fui chegando a este denominador, preciso evoluir muito, eu sei, mas já estou melhor que ontem, acredito que a caminhada é lenta mesmo, mas o que importa é ser constante.

Leia este livro citado na bibliografia, procure mais materiais e ferramentas, pois existem muitas, mas não deixe de se conhecer.

 

BIBLIOGRAFIA

WALTON, David, Inteligência Emocional, Um guia prático, Editora L & PM Editores, Porto Alegre, 2016

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