O AMOR DE DEUS

Amor é uma palavra muito incompreendida hoje em dia, diante disso, lemos a palavra e não entendemos a profundidade do seu significado. É por este motivo que resolvi destacar as três coisas necessárias para entendermos o amor de Deus, tirado do livro de Austin Fischer, Jovem Incansável não mais Reformado.

 E a primeira é: Quem define o amor é Deus e não nós:

“Não somos nós que devemos definir o que é amor; Deus é quem define. Essa é a primeira coisa que precisamos saber acerca do amor de Deus” (FISCHER, 2015, p. 69)

O amor vem de Deus, é Ele quem define e nos mostra o que é amar de forma real, caso contrário, certamente, faremos besteiras, estaremos sempre equivocados. O verdadeiro significado do amor precisa vir dele. 

“O conteúdo da palavra ‘amor’ é plena e exaustivamente dado na morte de Jesus na cruz; fora dessa imagem narrativa específica, o termo não possuí significado” (FISCHER, 2015, p. 69, 70).

Foi na cruz que o amor foi visto de forma plena, é na cruz que entendemos o que é verdadeiramente amar, o resto é falácia.  A segunda coisa é: Quem se doa é Deus. E Austin Fischer explica que: 

“Segundo, ao nos amar, “Deus não nos concede algo, mas a Si mesmo; e ao doar a Si mesmo, nos dando Seu único filho, Ele nos dá tudo”. A maior coisa que Deus pode nos dar é a si mesmo” (FISCHER, 2015, p. 70).

O amor de Deus é prático, é algo que vem dele, não é uma coisa abstrata e sim uma atitude. Em nome de amar e ser “feliz” o homem corre atrás de tanta coisa, mas é só o amor de Deus que nos faz realmente completos, pois Ele é o único que dá verdadeiramente de Si mesmo.

A terceira coisa é: O amor de Deus não toma e sim dá:

“Deus não nos ama por causa de algo que ele vê em nós, mas apesar do que ele vê em nós. Deus não nos ama porque nós o amamos. Deus nos ama porque ele quer que nós o amemos apesar do fato de que nós não o amamos. Deus nos ama para que nós possamos vir a amá-lo” (FISCHER, 2015, p. 70-71).

Estamos acostumados com o sistema de troca, Ele faz por que nós fazemos, mas a lógica divina é outra, Ele começa fazendo. Não parte de nós, por não termos capacidade, parte Dele e de sua maravilhosa graça. E esta é uma das mais maravilhosas notícias do evangelho, não é que temos que ser bons e sim, que somos amados por Deus. Um Deus que se doa, apesar de sermos pecadores.

O livro destaca mais duas características do amor de Deus, mas me limitei em citar apenas três, visto que, já são suficientes para entendermos o amor de Deus, contudo, quero compartilhar as últimas palavras deste capítulo do livro, pois penso que resume bem o que a Bíblia fala sobre o amor de Deus:

“Tendo permitido que Deus falasse por si mesmo, eu encontrei – ou fui encontrado por – um Deus infinitamente glorioso, mas não era o Deus do calvinismo. Era o soberano, doador, sofredor e crucificado Deus de Jesus Cristo. Era o Deus que não precisa de nós, mas que não quer ficar sem nós – não porque merecemos, mas simplesmente porque é assim que ele é” (FISCHER, 2015, p. 74).

Eu sei o quanto somos finitos, entender Deus é impossível, mas podemos ter uma ideia por conta da palavra que Ele deixou. Penso que, a ideia que temos de Deus vai definir a nossa vida como cristãos. Entender como Ele me vê e me ama, vai definir as minhas atitudes com o próximo e como eu vou buscar a Ele. E uma coisa temos certeza, que por sinal, o livro todo tenta deixar isso explícito: que Deus nos ama, apesar de sermos quem somos.

BIBLIOGRAFIA

FISCHER, Austin. Jovem Incansável não mais Reformado. Maceió: Editora Sal Cultural, 2015.

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