OS SEIS ERROS CAPITAIS DE TODO O PASTOR

Lidar com pessoas nunca é fácil, ter a sabedoria de entender cada indivíduo, ou pelo menos tentar, saber ajudar cada um da maneira que ele precisa e ainda lidar com os compromissos habituais de uma igreja, não é tão fácil. Por isso, eu acredito que todo o pastor deve fazer uma faculdade ou seminário de teologia. Aprender, se preparar e buscar ferramentas junto a pastores e professores experientes, que estudam e estão envolvidos com a obra, é fundamental para o sucesso do ministério. O que se segue, a meu ver, são os sete piores erros que pastores e líderes cometem em seus ministérios. Erros capitais, pois acabam virando muitos outros problemas.

O primeiro erro é não ser acessível a todo o membro. É comum hoje em dia vermos pastores que não são acessíveis, vivendo envoltos em uma aura impenetrável que os coloca em pedestais. Termina que estes acabam agindo como separados, diferentes e especiais. Um pastor é acima de tudo um servo, alguém que está pronto a ouvir e ajudar. Não combina com o evangelho pastores que se acham especiais e que se colocam acima de tudo. O próprio Cristo serviu, mesmo sendo Deus, se humilhou e se fez servo, pedindo que fizéssemos o mesmo (João 13:1-147). Tudo o que difere desse ensino está fora da Bíblia.

O segundo erro, no qual considero um dos mais graves, é não habilitar um substituto. Não somos eternos, e a obra não é nossa, e sim de Deus. Deixar de levantar líderes preparados para continuar a obra caso algo aconteça conosco é um erro, e dos mais graves. Temos que aprender a enxergar futuros líderes, incentivar e ensinar estes para serem atuantes e possíveis substitutos, caso a obra precise.

O terceiro erro é ser um pastor legalista. O legalismo já dividiu muito a igreja, líderes que não compreendem as dificuldades do próximo, muitas das vezes (se não quase sempre), têm um grande problema em se autoavaliar. Afinal, todo mundo peca, todos têm a sua dificuldade, esquecer disso é destruir um caminho que, mais dia ou menos dia, ele vai ter que trilhar.

O quarto erro é não ouvir seus membros. Conheci muitos pastores que não ouviam seus membros, eles eram acessíveis, eles eram humildes, ensinavam, mas não ouviam, achavam que tudo tinha que ser de sua maneira e da sua forma de pensar. Ouvir é básico, ainda mais quando estamos em uma comunidade cristã, com muita gente, muitas experiências e dons. Ouvir é básico, pois às vezes este pastor pode estar tentando resolver algo que alguém já resolveu e tem experiência no assunto. Com isso, ele vai seguir batendo a cabeça e algumas vezes ofendendo quem quer ajudar, mas não tem oportunidade.

O quinto erro é não ler. Tenho medo de pastor que não estuda, não lê e busca crescer como pessoa. Eu sempre digo em sala de aula que líder que não lê e não busca o conhecimento acaba por não ter o que oferecer a seu liderado. A obra depende do quanto buscamos a Deus e buscamos estudar e entender a sua palavra. Quando isso não acontece, acabamos por oferecer aos membros somente sopinhas, deixando de fornecer um alimento mais sólido, que o fará crescer e desenvolver como pessoa.

O sexto erro é ser um pastor centralizador. Ser um líder centralizador é ser alguém fadado ao estresse e ao desgaste, além de ser um pastor com uma igreja que provavelmente não vai crescer tanto assim. Geralmente, um líder neste perfil é uma pessoa que acha que sabe de tudo, que considera somente a sua forma de fazer como a correta. Um líder assim vai se desgastar, vai acabar se destruindo e destruindo sua família. Trabalhar como um corpo é o princípio bíblico para a obra andar de forma saudável e coerente.

Eu poderia listar muito mais erros, mas resolvi expor os que considero os piores. Não quero com este texto criar intriga e divisão, quero somente levar a igreja à reflexão, tendo em mente que alguns erros acabam por nos trazer mais problemas que outros.

Sou teólogo e não pastor, mas sei muito bem como um pastor bem preparado faz a diferença na vida de muitos cristãos. Ser pastor é uma responsabilidade muito grande, por isso, estar preparado é importante para que a obra de Deus cresça voltada para o evangelho, dando frutos e preparando ainda mais pessoas para o desafio cristão.

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