Falar sobre atender a imigrantes é também falar sobre a Bíblia, desde o Velho Testamento, vemos Deus dando ordens específicas para que os imigrantes fossem atendidos, o curioso é que em uma das passagens ele dá o motivo. Deuteronômio 10:17-19 diz:
Pois o SENHOR vosso Deus é o Deus dos deuses, e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e terrível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita recompensas; Que faz justiça ao órfão e à viúva, e ama o estrangeiro, dando-lhe pão e roupa. Por isso amareis o estrangeiro, pois fostes estrangeiros na terra do Egito.
Por conta do povo judeu ter sido estrangeiro, quando lá em Gênesis 46 a família de Jacó (Israel) foi socorrida em um período de fome e acabou virando o povo de Israel, que Deus manda que estes socorram os estrangeiros. Deuteronômio 27:19 chama de maldito aquele que não respeitar os direitos do estrangeiro, órfão e viúva, e por aí vai. Existem muitas outras passagens que falam do assunto (Mateus 25:35; 1 Coríntios 12:12-14; Gálatas 5:14), mas existe só uma pergunta: Como acolher estrangeiros em tempos de crise?
Sabemos em que pé está o Brasil, mais de 13 milhões de desempregados e este número têm aumentando ainda mais. Entretanto, poucos anos atrás recebemos inúmeros Haitianos, por conta da catástrofe que ocorreu no Haiti. E recentemente temos recebido inúmeros venezuelanos, que têm sofrido por conta da ditadura comunista que se instalou naquele país.
Existe um grande problema em termos muito imigrantes em um período onde a oferta é menor que a procura: “Os salários baixam”. É muito mais fácil para um imigrante que perdeu tudo e quer reconstruir a sua vida, aceitar qualquer salário. Pois para quem perdeu tudo, qualquer oferta é uma boa oportunidade, coisa que para quem já está estabelecido e tem uma vida com um certo tipo de padrão, gastos e responsabilidades, já não é.
Uma vez um amigo afirmou: “não sei por que vocês têm medo dos imigrantes, por um acaso vocês não têm a mesma competência que eles para arranjar um emprego?” Eu não respondi o amigo, pois ele não me deu ouvidos, pois pelo jeito ele queria só falar, sem ouvir. Mas a resposta que eu dou a está pergunta é: O meu medo é da concorrência, do fato de que eu estou estabelecido e tenho os meus compromissos para honrar, e eles nem tanto.
Veja bem, não sou a favor que expulsar os imigrantes do Brasil, ao contrário, devemos recebê-los e ajuda-los, a pergunta que eu faço é: “como ajudá-los, sem prejudicar os de casa?” O texto é um convite para você sair de sua estabilidade e olhar para fora. É uma chamada para você ter empatia, olhar para os seus, não só para os de fora. Temos um grande problema para resolver que é o desemprego, isso se você já não estiver desempregado, procurando uma oportunidade, aí, você terá mais de um problema.
A pergunta que continua no ar, uma pergunta que eu não vou responder, é ainda a mesma: Como ajudar os de fora, sem prejudicar os de casa? Não temos emprego para todos, mas todos precisam de um emprego, o que fazer nestas horas?
Penso que neste novo governo o que está em jogo é justamente isso, um governo que aqueça a economia, que crie oportunidades e que faça com que o Brasil cresça.
Não quero que nenhum imigrante fique sem auxílio, mas tenho visto muitos brasileiros passando necessidades. Diante desta realidade temos que entender e brigar por mudanças que sejam efetivas, caso contrário, afundaremos, levando muitos outros que não são brasileiros, conosco.
Que Deus ajude este novo governo, muita coisa está em jogo, que Deus dê sabedoria aos governantes e consciência ao povo Brasileiro, para que assim todas saiam ganhando, inclusive os imigrantes!
