HUMILDADE

Naquela ocasião Jesus disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor dos céus e da terra, porque escondeste estas coisas dos sábios e cultos, e as revelaste aos pequeninos. (Mateus 11:25)

Tenho receio de pessoas orgulhosas, que se colocam como os melhores, os que sabem de tudo. O orgulho não combina com uma pessoa que está aberta ao aprendizado. A humildade é a marca dos verdadeiros sábios, e principalmente a marca de quem serve a Deus. Eu desconfio de cristãos orgulhosos e prepotentes, tenho um pé atrás quando conheço alguém que se coloca como sabichão, o dono da verdade.

O texto em questão fala das pessoas que se apoiam em sua própria sabedoria, uma sabedoria contaminada pela soberba:

“O que Jesus ensinou em Mateus 11 não é que Deus ocultou a verdade às pessoas inteligentes, mas que, aqueles que se apoiam em sua própria sabedoria, separam-se da verdade. A sabedoria e inteligência deles estão corrompidas pelo orgulho” (MACARTHUR, 2015, p. 147)

O orgulho é um veneno, uma erva daninha que corrompe a mensagem do evangelho. Um cristão orgulhoso se esquece de quem ele é, do quão falho e podre é a sua vida, e do quanto precisa olhar para a cruz para seguir. A humildade é uma das marcas do cristão, é o sinal de quem realmente entendeu a mensagem do evangelho, de quem realmente é maduro na fé. Eu gosto do que Philiph Yancey fala no livro Maravilhosa Graça sobre a fé madura

“Em outras palavras, a prova da maturidade espiritual não é quanto você está “puro”, mas sim, a conscientização da sua impureza. Essa mesma conscientização abre portas para a graça” (YANCEY, 2012, p. 187)

Esta é a fé madura, pois sabemos que quando somos novos convertidos, fazemos muitas besteiras e às vezes beiramos ao legalismo, mas quando estudamos, somos discipulados, oramos e aprendemos isso muda, ou devia mudar, pois infelizmente alguns nunca amadurecem na fé.

Não existe espaço para orgulho no cristianismo, é uma tremenda contradição de quem segue a Deus ser cristão e orgulhoso ao mesmo tempo. Pois a base do cristianismo é o arrependimento, é sabermos quem somos e o quando precisamos de Deus. Um cristão deve ser humilde, ou pelo menos lutar para que a cada dia seja. Afinal, somos salvos pela graça, não por obras, não temos a capacidade de entender as verdades espirituais por nós mesmos, somente através da revelação divina, e somos dependentes de Deus e não de nossa própria força, enfim, tudo aponta para a nossa falta de capacidade.

“Quem pode obter salvação? Aqueles que, como crianças, são dependentes e, não, independentes. Os que são humildes, não orgulhosos. Os que se reconhecem incapazes e vazios. Cônscios de que nada são, os “pequeninos” voltam-se para Jesus em dependência absoluta” (MACARTHUR, 2015, p. 147)

Entre todas as marcas de uma conversão genuína, a humildade é uma delas, e essencial para uma vida cristã coesa. Tudo começa dentro de nós, uma transformação tão profunda que reflete em nossa conduta e jeito de ser. É algo que começa dentro de nós, no interior e reflete no exterior. É impossível sermos tocados, sem termos nossa vida transformada, sendo a humildade um dos frutos, entre os tantos que Gálatas 5:22-23 enumera.

BIBLIOGRAFIA

MACARTHUR, John, O evangelho segundo Jesus, Fiel Editora, São Paulo, 2015

YANCEY,Philiph, Maravilhosa Graça, Editora Vida, 2012

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