RELACIONAMENTOS CRISTÃOS

“Pode-se dizer mais sobre um monge a partir da forma pela qual usa a vassoura do que por qualquer coisa que diga” (Thomas Merton) (YANCEY, 2004, p. 64)

Trabalhei em uma empresa, há muitos anos, onde o dono era muito colaborativo, além de muito acessível. Ele cumprimentava a todos, dava atenção a quem quer que fosse, e se fosse preciso ele colocava a mão na massa, coisa que fez inúmeras vezes, sem esquecer que não se tratava de uma empresa pequena. Não era raro vê-lo de terno e gravata, em meio aos muitos funcionários, carregando caixas quando era preciso. Sempre que penso em um líder humilde e acessível, eu me lembro dele.

Tal citação de Thomas Merton não pode estar mais certa, eu só mudaria de monge para cristãos. Pois, afinal, o modo no qual nós nos relacionamos, diz muito de nós.

Em um mundo dividido em méritos, degraus e classes, não tem nada de anormal ver o próximo como estando em posições diferentes das nossas. A questão é que a graça nos obriga a sair deste padrão, a entendermos que no fim estamos na mesma mão, pois fomos alcançados pelo amor de Deus, mesmo sem merecer. A graça nos nivela, nos faz olhar o próximo com o mesmo amor no qual Deus olhou para nós.

Aquele meu antigo chefe, que eu falei no começo do texto, não media esforços para atender a sua empresa. Para que o negócio fosse para frente, ele colocava a mão na massa se precisasse e não pedia tempo desvalorizando um funcionário. Ele sabia a sua importância dentro da empresa.

No reino não é diferente disso, nenhum trabalho é pequeno, nenhuma função é menos importante que a outra. Pois, no fim, todo o trabalho é para a honra e glória de um só Deus e fundamental para que a obra avance e cumpra o seu ide.

Uma vida que se distancia de um cabo de vassoura é certamente uma vida que não entendeu o evangelho. É claro que alguns trabalhos trazem consigo mais responsabilidades, mas não nos faz superiores. Só há um superior, só há um no centro de tudo, o resto é categorização humana.

BIBLIOGRAFIA

YANCEY, Philip, Rumores de outro mundo, A realidade sobrenatural da fé, Editora Vida, São Paulo, 2004.

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