“O falso profeta é o pastor que agrada todo mundo. Seu dever é dar testemunho de Deus, mas ele não O vê e O prefere, porque vê muitas outras coisas” (BARTH, 2020, p. 13).
Eu gosto muito de pregar e tenho muito temor ao fazer isso, pois pregar e ensinar a Bíblia, é coisa muito séria. Por isso, além de orar, procuro sempre me debruçar por horas na Bíblia, nos estudos e nos livros. Tudo para conseguir levar as pessoas a palavra mais centrada e o ensino mais coerente e correto. Sendo que, para o pregador sério, estas informações não são mistério algum.
O falso pastor se concentra mais em agradar, em colocar a sua imagem no centro de tudo, usando boa oratória, técnicas de persuasão e fogos de artifício e tudo o mais que um culto show merece, menos um conteúdo alinhado com a palavra de Deus.
É muito mais fácil fazer uma pirotecnia do que gastar tempo estudando e orando. É muito mais simples acreditar que na hora você consegue falar algo “bonito”, sãos opiniões fruto da revelação do Espírito Santo, do que gastar algum tempo estudando e compreendendo a palavra, antes de pregar ou ensinar.
Uma boa pregação leva um bom tempo para ser feita, e antes de tocar nas pessoas, ela toca o pregador, antes de exortar os irmãos, ela exorta também quem vai pregar, ensinando-o e falando em seu coração. Pois acima de tudo, quem fala (ou deveria falar) em uma pregação é Deus, e se Ele fala, é a todos.
Não sou contra as técnicas de oratória, é bom estudar e aprender a falar melhor, a questão é que pregar não é só oratória, é dar testemunho de Deus, é interpretar a sua palavra, e para isso, o estudo deve estar em dia.
Falar, qualquer um fala, comunicar a mensagem de Deus, interpretando a Bíblia sagrada de forma coerente, já são outros quinhentos.
Pregar é proclamar a mensagem da verdade, por isso, tudo começa em Deus, na busca e na oração e também no estudo e no aprofundamento do texto bíblico.
O falso pregador fala de ideias e opiniões, propõe uma mensagem que esteja concernente com o que a plateia quer ouvir. Ele é o centro da mensagem, enquanto Deus é apenas usado como motivo para ele estar em cima do púlpito.
Já um pregador temente a Deus, entende a responsabilidade, e não brinca com a função que Deus confiou em suas mãos. Simples assim!
BIBLIOGRAFIA
BARTH, Karl. A proclamação do evangelho. São Paulo: Funda Editorial, 2020.
