O HOMEM SEM DEUS

“Não há nada sobre a terra que não mostre ou a miséria do homem, ou a misericórdia de Deus; ou a impotência do homem sem Deus, ou a potência do homem com Deus” (PASCAL, 1995, p. 83).

Não é difícil perceber a miséria humana, tampouco seu extremo egoísmo, basta discordar ou apontar os equívocos de alguém, que quase todos, ou talvez a maioria, ficará na defensiva, como que acuado por sua insegurança. O orgulho humano custa a admitir que ele pode estar errado, mesmo sabendo que ninguém é perfeito. O imperfeito é sempre o outro, nunca nós. Esta é uma contradição que o ser humano carrega.

Em uma pandemia é fácil também notar como uma pessoa é egoísta, demora em ter consciência e como nem sempre consegue olhar o próximo, esvaziando as prateleiras do mercado, no desesperado sentimento de não querer passar fome. Existe até um ditado, usado por alguns que se resume em: “antes o filho do outro chore do que o meu”, tal frase sintetiza o tamanho do egoísmo humano. Uma frase que infelizmente já ouvi muito.

A sociedade falível e mesquinha que vemos, revela o que tem de pior no homem, e mostra quem ele é de verdade. Quem nega suas falhas, no fim está cego para a realidade, não percebe suas próprias contradições ou idealiza muito a si e os seus pontos de vista.

Não é que não exista pessoas boas e nem seres humanos conscientes, eu sei que existe. A questão é que não somos perfeitos e este mundo caótico, apenas revela a nossa imperfeição e miséria, deixando-a escancarada. A sociedade é um resumo do ser humano, é impossível um coisa ruim dar bons frutos, assim como a bananeira não dá maçã.

Sem Deus, o ser humano é uma máquina egoísta de caos e destruição, vê apenas as suas vontades e desejos, nada mais. A nossa sociedade é este retrato, uma foto que revela o ser humano em seu estado original e sem máscaras.

Por isso que em meio a pandemia e ao caos, não me impressiono com a polarização ou o egoísmo, que só resume e prova o que o ser humano se tornou quando decidiu virar as costas para Deus e seguir o seu caminho, uma cena que se repete desde o Éden.

O ser humano sem Deus não é nada e o pior, transforma em caos tudo o que toca!

BIBLIOGRAFIA

PASCAL, Blaise. Pensamentos. 1. ed. Bauru: Edipro, 1995.

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