O PERIGO DO TOTALITARISMO

Eu creio que a polarização política nos impede de dialogar, refletir sobre questões realmente complicadas. A simplificação que as discussões políticas têm causado é muito nociva, pois deixa o debate na superfície, no raso, sem mergulhar mais a fundo em seus próprios temas.

É fácil escolher um lado político, basta seguir a linha de pensamento que mais nos convém. Agora, conhecer a história daquela linha de pensamento, ir em busca de livros de pensadores relevantes e também refletir sobre todos os pontos fracos daquele pensamento, já é uma tarefa que só alguém equilibrado é capaz de empreender.

O totalitarismo político, por exemplo, é uma doença, um câncer que já destruiu e continua destruindo a liberdade de todos por onde passa. E é possível vermos o mal deste tipo de pensamento em várias vertentes políticas, apesar do comunismo ser um dos principais representantes deste caos.

Vale lembrar que quando falamos de totalitarismo, não nos referimos simplesmente aos pensamentos de esquerda ou direita, de comunismo ou liberalismo, pois esta praga já foi vista em ambos os lados. Edgar Morin pontua que:

“O totalitarismo apareceu fora de todas previsões. É o fruto de um processo histórico, produto de enorme acidente que foi a Primeira Guerra Mundial” (MORIN, 2009, p. 76).

O caos sempre produz teorias salvadoras e com isso, alguns “salvadores” surgem com uma solução final. E a imposição de pensamento é uma das grandes marcas do totalitarismo.

Tudo começa com a crença que a minha solução é a única certa, além de ser infalível e soberana. Com isso, obrigar alguém a seguir determinada linha de pensamento é o ponto de partida desta forma de pensar.

E se olharmos para as discussões políticas, podemos perceber que uma boa parte daqueles que discutem e militam, terminam por ter uma forma de dialogar ou “brigar por seus ideais políticos” de um modo tão extremo que soa totalitarista e impositor. Eu imagino estes militantes liderando um país, seria um caos.

Tenho um enorme receio do comunismo, justamente porque em sua história vemos muita imposição e um mar de sangue que a sua forma de pensar deixou. Por onde passou ele impôs, não dialogou e colocou o seu pensamento acima de tudo e de todos.

É possível vermos um cenário político semelhante quando olhamos para o pensamento de direita, contudo, é como eu afirmei, temos fatos históricos que comprovam que o comunismo impôs muito mais que o capitalismo. É por conta disso que tenho uma aversão a está forma de pensar.

Eu acredito na liberdade e sou contra qualquer tipo de totalitarismo, impor, obrigar e forçar pessoas a viverem de uma forma que elas não acreditam que devam viver, é um caos, uma injustiça sem tamanho.

Quem impõe não percebe o perigo das suas atitudes, não nota que se alguém agir da mesma forma que ele, certamente vai colher problemas gigantescos!

BIBLIOGRAFIA

MORIN, Edgar, Cultura e barbárie europeias, Editora Bertrand Brasil, Rio de janeiro, 2009.

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