Família e amigos são tesouros, além de serem suportes, são as pessoas que em todos os momentos nos apoiam, mas nem sempre. Experimente empreender algo que vá de encontro a lógica ou ideologia familiar, que você vai constatar como algumas decisões, além de solitárias são doloridas.
Um bom exemplo disso é quando os pais sonham que o filho tenha uma determinada profissão, por conta disso, tomar um caminho oposto se torna uma afronta. E tem aqueles pais que acabam idealizando uma profissão ao filho, as vezes até sonham que eles sigam a sua ou mesmo projetam um sonho pessoal frustrado, que eles mesmo não conseguiram alcançar, para desta forma se realizar no sucesso dos filhos. Sendo estes exemplos, situações bem complicadas.
A decisão em muitos momentos é solitária, principalmente quando você decide empreender algo que ninguém entende muito. Na igreja, já acompanhei muitos que largaram suas carreiras profissionais em nome de trabalhar no reino, e não foi uma decisão fácil para a maioria deles. Um desafio novo já tem as suas dificuldades e incertezas, sendo que um adicional familiar pressionando apenas aumenta a dificuldade.
É claro que se o seu projeto dá certo, você termina por ficar bem na família, mas caso dê errado ou mesmo demore para produzir frutos, você terá um problema dobrado. Como a família caminhará com você por um bom tempo, certamente você terá alguns problemas e “verdades” que serão ditas durante o empreendimento do seu projeto. O que deveria ser apoio, termina por ser uma bagagem, um peso extra em momentos que já temos dificuldades suficientes.
Eu passei uma boa parte da minha vida sozinho, por isso, não senti o peso familiar na hora de tomar certas decisões. E eu não ligava muito para os amigos que as vezes pressionavam, sempre optei por tentar fazer algo, do que não fazer e me arrepender por não ter feito. Por isso, realizei as coisas que eu sonhei fazer sem muitos obstáculos familiares.
Quando eu me casei, já um pouco mais velho, mudei de carreira e passei um pouco de dificuldade durante a transição, mas tive o apoio da minha esposa. Contudo eu sei como algumas decisões podem acabar sendo solitárias e doloridas.
Eu queria falar a você que esta situação é fácil, queria poder dizer que nestes casos é só ignorar a opinião familiar e seguir, mas sei bem que não é bem assim, ainda mais quando amamos os nossos pais e parentes.
A questão é que não existe saída, ou você segue o que acredita que deve fazer, planeja e empreende a sua jornada, tendo desta forma que lidar com a discordância dos seus pais. Ou mesmo segue o sonho que eles e não você, sonharam para a sua vida. O problema é que em uma altura da sua carreira, você pode se encontrar frustrado, arrependido de não ter feito o que acreditava que seria melhor.
Um plano frustrado não é nada perto do arrependimento de não ter seguido uma vocação, o seu chamado, como dizemos na igreja ou mesmo a área que você gosta de trabalhar. Por isso que assumir a solidão da sua decisão e seguir, é muito melhor que depois colher os frutos do arrependimento.
Se você tiver a gana de agradar os outros, terá um problema muito grande, mas se você decidir aprender a lidar com a solidão das suas decisões, a colher os resultados, sendo eles bons ou ruins e souber prosseguir, certamente você colherá ótimos frutos.
