ENTENDENDO O AMOR

“O amor é o que o amor faz” (HUNTER, 2004, p. 68).

Imagine uma pessoa que gasta seus dias para cuidar de doentes, mais especificamente de leprosos, que ninguém quer saber. Ou uma pessoa que estuda anos para ser médico, para terminar sua carreira sendo missionário em países onde a doença e a pobreza são constantes. Imagine um empresário que separa uma parte dos lucros de sua empresa para a caridade. Na verdade, você nem precisa imaginar, basta ler a história de inúmeros missionários que se dedicaram a ajudar o próximo e empresários, engajados na missão de melhorar a vida de algumas pessoas. Quando leio sobre amor, não consigo deixar de fazer um link com todos estes exemplos práticos que resumem o significado da palavra.

Muitos acreditam que amar envolve muito mais sentimento do que a razão, infelizmente, muitos destes idealizam o amor e o veem como algo sentimental e romântico. Mas para quem é pai, ou vive em um relacionamento de muitos anos, sabe muito bem o quanto tal conclusão é equivocada.

O romance não dura muito tempo, os dias de flores de um pai ou casal, não são diários. O amor romântico dos filmes é até bonito, mas na vida real as pessoas adoecem, ficam de mau humor ou têm seus dias de melancolia.

No fim, o amor é o que o amor faz, como a citação aponta, é uma atitude, uma ação que nem sempre envolve sentir. É chegar em casa depois de um dia de trabalho complicado e ainda conseguir dar atenção aos filhos, é sair de casa em um dia de descanso para ajudar um amigo. É tratar bem alguém que parece não ir muito com a nossa cara. Sendo que em muitos destes casos, sair da nossa posição cômoda ou mesmo, engolir nosso orgulho para ajudar uma pessoa que muitas vezes não gosta de nós é a verdadeira demonstração de amor.

Amar não é sentir, é fazer, é ser diferença, sem depender dos sentimentos. Amar é muitas vezes fazer o oposto dos sentidos e cultivar atitudes construtivas e não destrutivas. Lembre-se que amar é um verbo e verbo denota ação.  

É normal confundirmos as coisas, seguindo pontos de vistas criados por filmes ou propagandas. O que precisamos entender é que no mundo real, as coisas são muito mais diferentes e amar, é muito mais do que sentir algo por alguém ou ver coraçõezinhos voando.

As vezes os nossos sentidos apontam para certas atitudes, contudo quem ama pensa, reflete e busca as melhores ações, mesmo que todo o corpo diga que você não deveria fazer nada. Amar é fazer, independente de quem a pessoa seja ou tenha feito para você.

Lembre-se que Jesus não só demostrou o seu amor curando, acolhendo e recebendo os excluídos da sociedade, mas agiu de forma amorosa ao morrer em nosso lugar.

Se “o amor é o que o amor faz”, na cruz um Deus demostrou o amor mais gigantesco que alguém pode demonstrar por alguém.  

BIBLIOGRAFIA

Hunter, James. C. O monge e o executivo: Uma história sobre a essência da liderança. Rio de Janeiro: Editora Sextante, 2004.

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