“Riqueza gera arrogância; comedimento leva à humildade. Muito melhor ser humilde do que arrogante” (CONFÚCIO, 2019, p. 53).
A parte boa do dinheiro é que ele pode nos proporcionar uma vida confortável, com ele, podemos ter acesso a facilidades, conseguimos viajar e estudar, entre tantas coisas boas. A parte ruim do dinheiro é que ele pode nos deixar arrogantes, pois riqueza e poder geram soberba e aquele sentimento de superioridade. Tudo vai depender de como você enxerga o dinheiro e qual é o lugar que ele ocupa em sua vida. Caso ele esteja no cômodo principal, ele vai ditar as regras, terminando por virar um fim em si mesmo. Caso você coloque em seu devido lugar, ele vai ser o meio de realizar algo ou mesmo, de ajudar as pessoas.
O dinheiro é uma ferramenta que nos dá a capacidade de fazermos muitas coisas. Nunca vivi para o dinheiro, eu apenas faço uso para os diversos fins, como tudo deve ser. A vida é curta para termos como principal meta, acumular muito dinheiro e riqueza. Não precisamos de tudo, por isso, ser comedido é o caminho para o verdadeiro equilíbrio.
Saber como você quer viver é o primeiro passo para uma vida humilde. Lembrando que ser humilde, não é se diminuir, e muito menos achar que somos menores que as outras pessoas, e sim, saber bem quem você é, e como você considera (ou não), o próximo.
Quem é comedido, acaba sendo humilde, por saber que é importante não viver por impulso. Além de saber bem o lugar das coisas e do dinheiro. O comedimento e a humildade andam juntos, por ter o mesmo princípio que é o equilíbrio. Quem busca o equilíbrio, primeiramente deve ser humilde e entender sua falibilidade. Quem sabe quem é, e o quão sujeito está ao autoengano, acaba sendo humilde. Sendo que no mais, são consequências deste estilo de ser. A humildade não tem preço, viver para coisas e objetos é muito pouco e nos leva por estradas muito esburacadas.
Quando descobrimos quem somos e percebemos que o dinheiro proporciona são apenas mitos. Sentimentos que são falsos em si mesmo, percebemos que a busca por equilíbrio é fundamental.
O sentimento de superioridade que alguém tem por conta de dinheiro e status, é falso, é um mito. Ele não traduz quem somos, muito menos nossas habilidades e conhecimentos. O dinheiro constrói uma falsa imagem de nós, e nos engana.
Ser humilde é apenas para os fortes, para aqueles que não têm medo de mostrar a sua cara, e de admitir tanto suas qualidades, quanto seus defeitos. A vida humilde, o comedimento, nos leva a entender que precisamos de limites, e é o limite que constrói pessoas humildes.
A simplicidade é o resultado de quem dia a dia busca o equilíbrio, de quem não precisa de tudo para “ser”. Quem esconde o seu rosto atrás de coisas ou do dinheiro e posição social, no final mostra que não tem nada para mostrar, por isso, precisa de um monte de coisas para se tornar alguém.
BIBLIOGRAFIA
CONFÚCIO. As lições do mestre. São Paulo: Editora Jardim dos Livros, 2019.
