PREOCUPAÇÕES DE INÍCIO DE ANO

Normalmente o ano novo é um momento de esperança, é uma espécie de recomeço. Eu mesmo gosto muito, visto que eu posso avaliar o ano que passou e recomeçar de um modo melhor ou mesmo fazer um balanço das coisas que estão dando certo. Um ano novo pode servir como um marco de reavaliação ou recomeço e também, como um tempo de esperança, contudo, temo que neste momento o nosso ano novo não seja visto desta forma por alguns.

Flutuando, nos últimos meses, em um ar de incerteza política após a reeleição, muitas teorias vieram à tona, além da própria insegurança, que a divulgação de alguns planos que o novo governo trouxe traz. É tudo muito incerto e imprevisível e é justamente isso que traz este ar ácido e corrosivo ao ambiente. Uma mudança de presidente já é complicada, sendo que a nossa, tem sido ainda mais complexa.

Confesso que eu mesmo não estou preocupado, mas vejo alguns amigos nesta situação, construindo desta forma, cenários catastróficos, aumentando ainda mais a tensão que por si só já não é nada fácil.

Não sabemos como será este ano que se iniciará, só o tempo dirá, mas enquanto isso, se preocupar não é uma conduta sábia. Construir teorias, em alguns cenários, beira a incoerência. É muito melhor se calar e orar, do que agir de tal forma, construindo ainda mais problemas e com eles, aquelas preocupações que nos consomem. Charles Swindoll tem uma frase que resume bem tal questão:

“Preocupar -se é assumir responsabilidades com as quais você não pode lidar” (2018, p. 53).

Perceba o quanto as preocupações são destrutivas e nos fazem assumir problemas com os quais não temos o menor poder de mudar e influenciar. Você consegue lidar com um número realmente pequeno de coisas, entenda essa verdade, sendo que o modo como recebemos e processamos as informações, é a única coisa que está realmente em nosso controle.

Se você não filtrar, aprender a colocar de lado algumas informações que além de não agregar nada em sua vida, ainda te trarão mais preocupações, você seguirá se desgastando ainda mais. Paulo dá um conselho aos cristãos da cidade de Filipos, que também serve para nós:

Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus (Filipenses 4:6-7) (NVI).

A ansiedade é enfrentada por meio da oração, da súplica a Deus. Não há uma forma mais eficaz de enfrentar o medo e as ansiedades que os problemas trazem, é só com muita oração mesmo. Francis Foulkes acrescenta afirmando que:

“Quando a oração substitui a preocupação, a paz de Deus, que excede todo o entendimento assume o controle, atuando como uma sentinela e impedindo que a mente e as emoções do cristão sejam subjugadas por uma investida repentina de medo, ansiedade e tentação” (CARSON et al, 2012, p. 1891).

Por isso que o meu apelo para este começo de ano é que você ore, busque a Deus e entregue todas as suas preocupações em suas mãos. Não controlamos tudo, por isso que, seguir se preocupando é uma atitude ainda mais irracional. Entregue os seus problemas nas mãos daquele que tudo pode e descanse em seus cuidados.

Não sabemos como o ano será, mas sabemos quem é que cuida da nossa vida e isso já basta!

BIBLIOGRAFIA

CARSON, D. A.; FRANCE, R. T.; MOTYER, J. A.; WENHAM, G. J. Comentário Bíblico Vida Nova, 1 ed. São Paulo: Editora Vida Nova, 2012.

SWINDOLL, Charles. Confiança plena: Ouvidos para ouvir, contrações para confiar e mentas para descansar em Deus. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2018.

Deixe um comentário