O PREÇO DA TECNOLOGIA: A IMPORTÂNCIA DA SOLITUDE PARA A VIDA CRISTÃ

“É inegável! Há um ar de cansaço nos olhos das pessoas em qualquer lugar do planeta” (PARAIZO; FALCÃO, 2021, p. 35).

Acredito existir um limite entre preocupação e responsabilidade, os nossos objetivos e o desgaste mental. E entre um plano e outro, o ser humano segue se perdendo. Por isso, é importante cultivar disciplina para sair da zona da estagnação, com o intuito de avançar um pouco mais na carreira e no conhecimento, mas também para aprender a parar, acalmar a mente e tirar um tempo para meditar. Existe, ou deveria existir, uma divisa que ser humano nenhum deveria ultrapassar, contudo, eu creio que ele já está há algum tempo ultrapassando.

Seguimos cansados, desgastados pelos excessos de estímulos. Preocupados com o que vai vir ou com os resultados que deveriam acontecer, enquanto a saúde fica pelo meio do caminho como se ela não fosse necessária.

Em tempos tecnológicos a ansiedade e a depressão viraram males comuns, enquanto a solitude, a contemplação e a busca pela paz e tranquilidade, vira lembranças de dias obsoletos. Bom mesmo é estar hiperconectado, atento a tudo e a todos e cumprindo a famosa lista de objetivos do dia.

Sonhávamos e ficávamos maravilhados com o futuro que os filmes desenhavam para nós. Carros que voavam, vídeo conferência e informações a todos os momentos, eram coisas que nos deslumbrávamos. O que ninguém imaginava eram as consequências destas tecnologias. Sendo que hoje, estamos colhendo algumas delas.

A Bíblia narra inúmeros momentos onde Cristo se retirava para orar (Mt 18:23; Mc 1:35; Lc 6:12). E uma missão como a dele, com os embates e perseguições que ele sofreu com a religião da época, pedia um bom tempo de solitude e oração. A solidão saudável, conforme pontua Marcos Kopeska Paraízo e Guilherme Falcão, é um hábito fundamental para quem busca cultivar um pouco de saúde:

“É natural que queiramos desfrutar de períodos de retiro e recolhimento. Esses momentos são verdadeiros refrigérios para nossas mentes; eles, são o que poderíamos chamar de “solidão saudável”. É o que Jesus buscava quando deixava as multidões para estar sós com o Pai” (PARAIZO; FALCÃO, 2021, p. 42).

Não há problema algum com a tecnologia, só não podemos nos esquecer daqueles conceitos e lições que estamos deixando para trás, como se fossem temas arcaicos. E buscar a solitude, cultivar a solidão e a oração meditativa, sem pressa, separando realmente o nosso tempo com Deus são coisa essenciais para a fé, são pontos que transcendem o tempo, são hábitos que precisamos manter vivos em nossa vida.

Além de nos deixar mais próximos a Deus, tais práticas nos obrigam a parar, meditar e ter um tempo de relaxamento. Aprenda a se desconectar em um período do seu dia, para desta forma conseguir se conectar com Deus, ler e estudar a Bíblia ou mesmo ter um tempo de reflexão e meditação.

O ser humano tem perdido tais práticas e vivido no impulso, sendo guiado pelas notificações e incansáveis estímulos. Aprenda a estimular a mente com outras práticas, com hábitos muito mais saudáveis e que trará a você mais crescimento, seja espiritual, bíblico ou crescimento intelectual.

Ou aprendemos a nos desligar ou o nosso hábito de estar sempre conectado afetará a nossa vida e saúde. Não siga o senso comum, aprenda a ter momentos de crescimento e relaxamento, unindo as práticas cristãs que são fundamentais, como a leitura, estudo da Bíblia e oração, em conjunto com um período de solitude e meditação.

Lembrando que a saúde é uma prioridade e prioridades são escolhas, por isso, escolha o que é saudável!

BIBLIOGRAFIA

PARAIZO, Marcos Kopeska.; FALCÃO, Guilherme. Enfrentando e superando a depressão. Curitiba: Editora Evangélica Esperança, 2021.

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