Todos os dias são oportunidades e dependendo da sua mentalidade, é possível acordar com alegria e esperança ou mesmo com desânimo, como se a vida fosse um fardo ao invés de uma dádiva de Deus.
Somos narradores e em nossa narrativa, a visão das coisas que acontecem conosco e a nossa fé faz toda a diferença na hora de ver, interpretar e narrar os fatos da vida. Perceba como é fácil exagerar e contar aos outros uma história bem mais triste e equivocada. Ao mesmo tempo que você esquece da graça de Deus em sua narrativa.
Algumas histórias parecem que nascem fatídicas, prontas para revelar o caos e a desesperança, mas em meio a narrativa, Deus faz com que o fim seja bom. A minha história mesmo tinha tudo para ser ruim, desde o começo da minha vida, mas Deus a todo o momento me ajudou a transpor todas as dificuldades. Nem todos são fiéis em sua narrativa, muitos a exageram e se esquecem de Deus ou mesmo mantém-se como vítimas.
Nós somos narradores da nossa história e em meio a narrativa, podemos nos colocar como vítimas, como seres superiores e arrogantes ou mesmo como protagonistas, que entendem que a vida é um misto de atitude e falta de controle. Tudo vai da mentalidade, de como lidamos com os fracasso e vitórias. E como a narrativa quem constrói somos nós, precisamos nos lembrar que em meio a nossa história há um Deus cuidando de tudo.
Por sermos narradores, a nossa explanação envolve sempre uma interpretação dos fatos que acontecem em nossa vida e por isso, arriscamos distorcer e modificar o que aconteceu. É fácil exagerar e mudar a verdadeira história, principalmente quando há fracassos e muita emoção envolvida.
Existem histórias bem fieis aos fatos, onde o narrador apenas se limita a contar o ocorrido, e outras baseadas na emoção que o acontecimento por si só proporciona. Temo pessoas emocionais, que no calor das suas narrativas exagera. O mesmo temor eu tenho com os militantes, visto que suas narrativas são construídas para outros fins e partem muito mais da emoção do que da verdade.
O protagonismo envolve posicionamento e um tipo certo de pensar. É aceitar fatos, já que cada ser nasce em uma realidade, mas também é buscar oportunidades, é insistir e realizar, já que a vida não é estática.
No final, tudo vai depender de quem você coloca no centro da sua história, se é você, ela tem tudo para ser vitimista, exagerada e distorcida. Nós somos egoístas por natureza, é fácil olharmos apenas para nós e ignorarmos os outros. Mas se é Deus, a confiança é o princípio da caminhada e olhar o próximo, uma atitude que faz parte da vida cristã.
Não é correto vivermos como vítimas, culpando a todos e a tudo, seguir confiando e aceitando as mudanças, é o caminho dos narradores que entendem que a vida é complicada, mas não precisamos complicá-la ainda mais.
Que Deus nos ajude a estarmos no centro da sua vontade e narrar a verdade que aponta somente para ele e o cuidado que ele tem por nós. Soli Deo Gloria!
