Tudo o que é extremo não é agradável, penso que o extremismo, seja ele qual for, tem aquele ar de ignorância e falta de reflexão, além da própria aspereza que o ato possui. Uma coisa é muito certa, sempre há o outro lado da história, sempre existirão as exceções e as falhas de interpretação, pontos que alguém que é muito extremo não considera.
E quando falamos em extremismo político, a coisa piora ainda mais, principalmente por conta da infalibilidade que algumas pessoas teimam em colocar em alguns políticos, teorias políticas e formas de pensar, transformando em deuses, pessoas e filosofias, que já nasceram fracassadas.
Sou demasiadamente protestante para me prestar a ter uma fé cega em qualquer político ou filosofia. Desde que o mundo é mundo, percebemos que o mal é fruto do ser humano corrompido pelo pecado, e insiste em propor caos disfarçado de soluções políticas.
E em se tratando de exageros, não vejo diferença entre a esquerda e a direita política, ambas cometem erros quando decidem não dialogar e seguem buscando militar por uma causa de forma compulsiva. A mesma ferramenta exagerada e sem diálogo é vista por grupos de ambos os lados. É claro que existem exceções, mas ultimamente os dois lados seguem iguais.
A primeira semelhança é a gana de endeusar um político, feito de um modo tão incoerente, que não permite que as pessoas percebam os equívocos e enganos das suas escolhas políticas. Na política, quem nós escolhemos para nos representar deve ser visto de um modo coerente, sem negarmos os pontos em que eles estão errando e os que eles estão acertando. Precisamos cobrar e estarmos atentos para que a política tenha frutos e os políticos percebam que estão sendo acompanhados.
Críticas não são só saudáveis, elas são fundamentais. Não é porque gostamos de um político que não vamos fazer as nossas críticas. Não podemos aceitar qualquer coisa, não é sábio colocar um político como intocável e seguir tentando justificar seus erros.
A segunda semelhança é crer que o viés político contrário precisa ser calado, democracia não é isso, democracia é entender que existem espaços para ambos os lados e o respeito deve vir em primeiro lugar.
Quem acompanha os meus textos, sabe das minhas reservas com o comunismo, justamente porque em todos os governos em que ele esteve presente, eles calaram e eliminaram a oposição. Isso não é um pensamento democrático e não pode ser aceito pelo viés político que seja.
A pena é que o nosso país está mergulhado em corrupção, gastos excessivos e desnecessários e para piorar mais ainda, muitas vezes ambos os lados não percebem tais equívocos ou percebem e não ligam, já que são beneficiados por tais problemas. Por isso que o debate é importante, tais questões precisam ser dialogadas e alinhadas, tudo com respeito e com o intuito de propor soluções.
Ou nos unimos, ou seguiremos cada vez mais prejudicados pela máquina pública, que insiste em onerar o cidadão trabalhador. Todos os políticos precisam ser colocados no patamar de servidor, de alguém que precisa ser cobrado por bons serviços.
