CAÇADORES DE RECOMPENSAS

Gosto de definir a vida como uma caminhada, visto que, tal exemplo, a meu ver, indica a dinâmica de como é viver. A vida é uma caminhada em uma estrada que nem sempre é fácil. Saber avançar, vencendo todos os obstáculos do caminho é a arte daqueles que entendem o que é viver.

O grande problema de viver a vida buscando apenas recompensas é se esquecer que a maioria das coisas que realmente valem a pena levam tempo, como por exemplo, cursar uma faculdade, fazer exercícios, estudar e empreender. Para termos sucesso nestas empreitadas, precisamos primeiro ter em mente que o real prazer vem a longo prazo. Leva tempo concluirmos algo ou colhermos os frutos dos nossos projetos. Susan Cain fala justamente disso quando diz que:

“A sensibilidade à recompensa a todo vapor leva as pessoas a todo tipo de problema. Ficamos tão entusiasmados com a possibilidade de prêmios convidativos, como ganhar muito dinheiro no mercado de ações, que corremos riscos desmedidos e ignoramos possíveis sinais de alerta” (2012, p. 157).

O nosso foco não deve ser as recompensas e sim o processo, já que estradas que levam aos melhores destinos são na maioria das vezes esburacadas, com isso, ter persistência para vencer todos os empecilhos é fundamental. A recompensa nunca deve ser o princípio das nossas atividades, mas o fim. Ela deve ser o resultado de todo o trabalho e insistência que alguém empreende em uma determinada área.

Outra coisa é que quem vive em busca apenas de emoções e prazeres baratos, também ignoram sinais de alerta, visto que, estão muito mais preocupados com os estímulos, para desta forma, conseguirem olhar em volta e verem seus equívocos e escolhas que não produzem frutos.

A saída é ter sempre moderação e entender que nem sempre o prazer momentâneo é válido. Opte sempre em investir seu tempo em planos a longo prazo, que assim, não será preciso ficar procurando novos estímulos. Condicione o seu cérebro a entender que as coisas que são importantes, demandam mais esforços e dedicação. Mais uma vez Susan Cain complementa nos ensinando que:

“O ponto é que tendemos a supervalorizar a euforia e rebaixar os riscos da sensibilidade à recompensa: precisamos achar um equilíbrio entre ação e reflexão” (2012, p. 170).

A recompensa, o retorno ou o estímulo não devem ser o Norte, não que estas coisas não existam, o problema é serem as principais motivações. É bom colher frutos e recompensas, mas isso precisa estar bem equilibrado com o fato que a recompensa não é tudo.

Não existe glamour algum na persistência, parafraseando Susan Cain (2012, p. 169). Precisamos entender que por mais que o brilho da vitória seja legal e prazeroso, precisamos focar as nossas forças no trabalho árduo e justamente na persistência, para depois, colher os resultados. Este é o caminho seguro para o êxito!

BIBLIOGRAFIA

CAIN, Susan. O poder dos quietos: Como os tímidos e introvertidos podem mudar um mundo que não para de falar. Rio de Janeiro: Agir, 2012.

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