A nossa vida é muito cheia de estímulos, a internet, bem como todas as redes sociais, proporcionam constantes informações e interações. Checar as notificações do celular tem sido o vício que hoje o ser humano está totalmente vulnerável.
Eu gosto muito de estudar, ler e pesquisar, a busca pelo conhecimento é uma das minhas maiores alegrias, como eu sempre falo aqui no site, embora confesse que, até para mim, às vezes não é fácil. Conciliar todos os estímulos, com a minha rotina de estudos e leitura, requer ferramentas e soluções, para não ser engolido pelas constantes notificações.
Algumas pessoas são movidas pela ânsia em ter segurança e condições financeiras, gastando seu tempo e dinheiro estudando para passar em um concurso público ou mesmo em uma universidade pública. Outros, seguem esta empreitada pelo simples desejo de ter um sonhado diploma e depois poder arranjar um bom emprego. Já o intelectual, normalmente, é movido pela sede de conhecimento, não há outro motivo em um país que não investe tanto em pesquisa. Sertillanges em seu clássico livro A vida intelectual, diz:
“O desejo de saber define nossa inteligência como potência vital. Instintivamente queremos conhecer, como queremos pão” (2019, p. 76).
O desejo pelo saber é determinante, ele nos ajuda a superar todas as desculpas que costumamos usar para evitar a rotina de estudos. Não é fácil manter tal rotina, pois estudar e construir o saber é uma empreitada lenta que demora para oferecer seus frutos.
Quem deseja mergulhar no saber deve deixar as desculpas de lado e caminhar neste propósito, buscando sempre ferramentas e métodos de aprimoramento que ajudarão em sua busca pelo aprendizado. É como o ditado popular diz:
“Quem quer faz, quem não quer arranja desculpas”.
Ou você aprende a transpor os obstáculos para se dedicar nesta árdua, mas prazerosa tarefa, ou segue dando desculpas, culpando tudo e todos pelo seu insucesso.
Não é fácil cultivar o hábito da leitura em um mundo hiperconectado, e muito menos é simples montar uma rotina de estudo e pesquisa, em meio a tanta distração, mas basta foco e persistência, para você ver os frutos de seu esforço, ao invés de focar nas desculpas.
O intelectual é alguém que deseja muito o saber, este é a sua maior motivação, o combustível que fará com que ele siga em constante busca. Este desejo é a potência que define a nossa missão e constrói o nosso conhecimento.
Sem esta sede, sucumbimos e gastamos os nossos dias em coisas que não trazem fruto algum!
BIBLIOGRAFIA
SERTILLANGES, A. D. A vida intelectual. Campinas: Editora Kírion, 2019.
