A PRONTIDÃO EM PERDOAR

“Nada nos leva a perdoar mais que o maravilhoso conhecimento de que nós mesmos fomos perdoados. Nada prova de maneira mais clara que fomos perdoados do que nossa própria prontidão a perdoar” (STOTT, 2018, p. 26).

A Bíblia nos mostra alguns sinais da nossa conversão. Marcas que todo aquele que foi tocado pelo evangelho tem. Afinal, um nascido de novo é diferente (1 João 3:1-2). Não estou afirmando que somos perfeitos, pois não somos, eu sei muito bem disso. E sim que, quem foi tocado por Deus, produz frutos, resultado da verdadeira conversão (Gálatas 5:22).

O perdão é a atitude fundamental de quem segue o caminho da cruz. A falta de perdão, não é só contraditória, mas vai na contramão do que a própria palavra ensina. Por sermos pecadores e merecermos a morte, entendemos que só há salvação em Cristo. Não existe a menor chance de qualquer um se salvar. Mas Deus enviou o seu Filho e através de sua grandiosa graça, Ele nos perdoou e nos salvou. Com isso, diante deste grandioso feito, perdoar é o mínimo que podemos fazer. Como resultado de quem foi inundado pela graça e pelo perdão de Deus.

Além de que perdoar é a atitude daqueles que sabem que são falhos, que entendem suas dificuldades e propensões ao erro. Com isso, o perdão, mesmo sendo difícil em alguns momentos, acaba sendo a atitude mais inteligente que alguém pode tomar.

É o posicionamento daqueles que sabem que são falhos, sujeitos ao engano, e que entendem que mais dia ou menos dia, vão precisar pedir perdão. Ninguém erra de propósito, por isso, precisamos propositalmente ter uma atitude de amor e perdão. Eu sei que muitas vezes não é fácil, mas é preciso tentar.

O ser humano tem uma tendência horrível de não olhar as situações de forma ampla. É normal sermos ajudados, socorridos e depois, esquecermos de sermos gratos por aqueles que nos auxiliam. Fomos alcançados por Deus. Nosso poderoso Pai, nos dá o seu filho e através de sua graça, nos perdoa. E nós, seguimos tratando o próximo de forma bem oposta ao que o próprio Deus da graça nos tratou (Mateus 6:14-15).

A prontidão em perdoar é a prova que somos gratos pelo que Deus fez por nós. É o resultado daquele que entende que não pode, de maneira alguma, pagar o que o Senhor fez por ele, mas ele pode fazer o mesmo. Ele pode perdoar, de forma semelhante, ele pode tentar amar, de forma igual, sendo complacente, misericordioso, e perdoador, tal qual Deus foi com ele. Isso é imitar a Cristo de forma prática.

Está é a prova da conversão, é o resultado de um coração que foi constrangido por um poderoso amor, de uma vida que foi perdoada, sabendo que não é merecedora e por isso ela perdoa. A gratidão a Deus nos leva a fazer isso, nos faz amar e perdoar, como Ele amou e nos perdoou. Agora o coração ingrato não consegue, pois ele só vê a si e as suas necessidades.

BIBLIOGRAFIA

Stott, John. Lendo o sermão do monte com John Stott. Viçosa: Editora Ultimato, 2018.

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