O SENSO DO MISTÉRIO

Quando eu mergulhei no estudo do calvinismo e do arminianismo, que são duas correntes teológicas bem opostas uma à outra, para um livro no qual estava escrevendo, tive que estudar a obra de muitos autores. Estes livros me levaram a outros livros e a inúmeras variantes e formas de interpretar a Bíblia. Estes autores me impulsionaram a conhecer ainda mais obras clássicas, como os livros de Agostinho e os Pais da Igreja. E quando eu paro, vejo o caminho que percorri e o quanto preciso ainda percorrer, percebo que a epígrafe do começo do texto é verdadeira. Quem realmente compreendeu algo, percebe o quanto há para conhecer e quem acredita saber de tudo, na verdade, não sabe de nada.

VIDA COMPLETA

Ser professor é uma das minhas maiores alegrias, ainda mais porque eu gosto muito de estudar e pesquisar, com isso, a minha profissão acaba sendo uma atividade prazerosa. Todavia, o risco que eu e muitos acadêmicos correm por gostar muito de estudar e passar horas estudando é justamente o do sedentarismo. Sendo que eu já ouvi muitos acadêmicos e estudantes afirmarem que as suas prioridades eram apenas malhar o cérebro e não o corpo, desdenhando assim, daqueles que se dedicam aos esportes. O Poeta romano Juvenal, autor de inúmeras sátiras, acaba desconstruindo este ponto de vista com uma inteligente frase, oriunda da sua sátira X, ao responder o que o ser humano deveria desejar na vida:

VOCAÇÃO E ESTUDO

Nem todos veem o estudo com bons olhos dentro da igreja. É comum ainda encontrarmos pessoas que acreditam que o estudo mata a parte espiritual da vida de um cristão. Por isso que eu acho legal ver em seu livro: “A vida intelectual”, Sertillanges discorrer também sobre o tema vocação para o estudo. Na obra ele coloca o estudo como uma prática espiritual e o conhecimento, um hábito importante para quem quer conhecer a Deus.

OS FRUTOS DO ESTUDO

Eu era ainda bem novo quando um amigo parou de sair e tocar em uma banda, para cursar uma faculdade. Na época não entendi a sua atitude, só um tempo depois que percebi que, para algumas missões, escolher e desta forma, abrir mão de algumas coisas que gostamos, as vezes se faz necessário. E a parte ruim é que nem todos os nossos amigos entendem isso, por isso, as vezes o início da jornada é um tanto quanto solitária.

O VENENO DO ORGULHO

O orgulho na vida de um acadêmico é um veneno, é uma droga que mantém o estudioso preso na superfície, ancorado em pontos de vistas equivocados e simplistas. É fundamental, caso você queira ser um acadêmico, professor ou mesmo pastor, que normalmente ensina e influencia pessoas, ter em mente que o estudo deve ser constante, você nunca para, estará sempre aprendendo e se reciclando. Não existe um ponto final, pois aprender é uma prática, um ato contínuo